18/04/2016

💔

6/3/16
Dona Nil, vulgo Irmã, tá cobrando aluguel atrasado e ainda não tenho dinheiro. Não gosto de escrever em agenda e sem meus cadernos de anotação tô escrevendo bem menos, cada vez menos. Agora 22h14 em Brasília e aqui na estação São Bento do metrô onde encontro-me sujo, todo acabado e macumbado, atiradão no chão antiestrela, ao lado do smartphone que suga energia dos teus impostos convertidos em sistema de serviços pseudopúblicos. Voltei a ler menos também depois que adquiri esse aparelho num gran-camelódromo-mesquita de Casablanca. Baixei O Capital em pdf mas não paro de me alienar a Grindr, Tinder, Snapchat, Facebook, Twitter... Achei que tinha aprendido a lição, eu, macaco velho de Orkut, acabei caindo no conto de indiretas da rede social. Um erro de interpretação fez com que eu ficasse +ou- 6 meses achando que era referência de textos românticos: e, é claro ➡ vagos. Inconscientemente poderia até haver alguém que pensasse em mim, o que não adianta nada quando a pessoa não conhece e/ou não domina seus próprios desejos. Eu me declarei, é claro, cara de pau que sempre fui.

MAS: aqui reside problemática que não irei por demais explanar. Tarde demais percebi... Tarde demais para minhas vinganças, paixões, sonhos, ideais, felicidade... Tarde demais para o amor. Agora busco... sei lá o quê. Mudar de São Paulo? Pode ser... Aqui chega momento em que o pensamento encerra divagações e olho pros lados, pras pessoas que passam e ficam olhando feio, com cara de assustadas, desconcertadas, recalcadas, invejantes, atraídas. Eu sei que no Rio de Janeiro isso (estranhamento dos outros) não acontece para comigo. Gosto de São Paulo mas não sou cego a seus evidentes problemas. Se tu é uma coisa mas aparenta ser outra, no meu caso por exemplo: sofrer discriminação pelo fato de que sou loiro, alto, branco, olhos claros e POBRE. Se eu fosse rico seria absolutamente normal e aceitável nesse país de colonização europeia. Não tenho amigos, não tenho dinheiro, não tenho estabilidade emocional, Oh God, vou morrer nessa vibe forever macumbado? Se ao mínimo tivesse alguém pra amar teria força pra me reerguer, não quero continuar vivendo essa merda, por mais que seja "bom" pra virar literatura: não ganho nada com ela, nem dinheiro nem amantes.
Escolhi não viver uma vida de hipocrisia. Nesse dia em que transcrevo texto para o blog acordei com essa palavra na mente, não só no campo político a hipocrisia parece sempre vencer no fim. Sem amigos nem dinheiro mas tenho 7 gatas que ~be ãbam~.

17/4/16 - Anhangabaú.
Dona Nil, por uma graça de Diós, deixou que eu ficasse mais alguns dias sem pagar, o que me deu tempo de pedir empréstimo ao banco -- aprovado. Ainda não voltei a trabalhar e tô aqui contribuindo com minha cara de cu à manifestação contra o Golpe.

17/4/16 - Ocupa Prédio de Vidro.
Impeachment

(...)

Bato punheta loucamente.

07/04/2016

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