05 novembro, 2007

neo-elegias I

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Nas Margens do Rio
Fui bater cabeça nas margens do rio/ deitei e chorei/ o luto atrasado/ só o silêncio testemunhou/ foi quem ouviu/ quem preferiu alguém pra ser feliz/ Lavei a cabeça no rio/ de lavanda e esperança/ à verdade das crianças/ um dia eu volto de novo/ limpo e sadio/ com a família inteira pra sustentar/ a riqueza das tuas iaras negras/ de olhos arregalados e dentes escancarados/ Na tua bacia com as curvas da alegria fértil de fevereiro/ o ano inteiro/ eu sou pobre mas eu tô feliz/ não tenho amigos mas eu tô feliz, eu sou feliz/ o meu amor nunca foi correspondido/ mas não quero mais amar/ não quero estragar esse momento com palavras