31 outubro, 2007

neo-elegias II

Replay Renascentista
Não é mais preciso esperar 40 anos com frio no osso pra vida ser artisticamente feliz. Não é mais preciso queimar na fogueira que já apagou pras cinzas voltarem pro seu devido lugar. O recomeço não vai passar de hoje, num replay renascentista. Não é mais preciso o tempo. Não é mais preciso se crucificar como num palco interior pra alegria do povo, numa claridade já cansada de viver no truque. A ironia não pode desmaiar fora de foco numa outra perspectiva, depois de alguns dias de heresia. Não é mais preciso ter medo, pra achar graça da desgraça, pra extirpar segredos e idéias fixas. Nada vai mudar. Incomunicável, o que a cortina jamais tapou. Vendo a verdade no que restou, da insistência das ruínas que não querem ser classificadas de mentira. Pra ser passado de novo, num logoff iluminista. Pra exportar novas dores, pra chegada de um novo dia. O sol está nascendo, o disco está arranhado. Borboletas amarelas estão a mil, os olhos estão cansados.

29 outubro, 2007

(sub-sessão: metal melódico)

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No Céu

Eu queria que a vida fosse um filme
A verdade numa boa
Um cantinho pra sonhar
O céu um bar
lalaiá laiá lalaiá
Aqui de mim não há o que falar
No céu vou me chapar
Flutuar
Aqui um pedacinho de mim
Vou me arriscar
Enfim descobri
Nasci pra ser superstar
No céu
No bar
No ar
Lalaiá laiá lalaiá
Isso é atitute
Isso que é firmeza
Vamos lá
Vamos morrer
Vamos nos vangloriar
Por Deus
Pedi
Meu fim
É isso aí
Livre
Como num filme
No céu
No bar
Vamos nos amar