"ai, eu não sabia que você era assim..": beleza, a pessoa fica te dando uma patada atrás da outra e acha que tu tem que continuar sendo legal com ela (?). eu, hein... sou o tipo de cara que, embora socialmente hostil, costuma ser pacífico e compreensivo com seres humanos, sem reservas, sem garras no fim. mas uma dosezinha de semancol nunca é demais, galerinha, reflitão...
não é novidade nenhuma que colegas de trabalho podem ser um doce de simpáticos desejando no fundo que tu seja demitido e/ou morra merrmo. até aí tudo bem. Mas tava trabaiano num instituto onde além disso me tratavam (aliás não só a mim, a senhoras na casa dos 60 tbm) como criancinha do jardim de infância Pequeno Trotsky. eu, hein...
(nunca é demais lembrar: tenho PAVOR DE FOFOCA, FOFOQUEIRES & CIA)
"ai, eu sou ~artista~": um pessoalzinho aê, conterrâneo meu, daqueles que estudou nas melhores escolas de Poa, veio pra São Paulo com o firme objetivo de ter vida muito dura, passar necessidade, virar mendigo (?) (ai, ai. clichês de um período pré-sucesso) (tento controlar gargalhadas). O pessoal tbm ~artista~ de Sampa já não os via com bons olhos, nem eu, todo mundo deve estar cansado de saber que tenho horror a burgueses sebosos. mas infelizmente por motivos de força econômica morei na ocupação burguesa e fui expulso porque, segundo eles, não agradecia quem abria porta do lugar onde eu morava nem dava bom dia, tampouco era sorridente... pois é, né...
Emoticon grina gota d'água foi quando uma cabeluda rockêra 4 olho (biologicamente homem) que fazia a linha mendiga passou na boca de rango, me olhou da cabeça aos pés e virou a cara, desdenhosa (talvez fizessem isso com ela no Guajuviras, seu maravilhoso bairro natal... coitada...). aqui da oposição só tenho uma coisinha a dizer: TIREM AS FRALDA E VÃO VIVER A VIDA DE VERDADE SEUS CUZÃO!!

ator/escritor, belo fail!11: imbuído da estética do fracasso participei de diversos testes teatrais mas não passei. Vinha notando algo diferente que não sabia se era proposital ou não em peças como "WHY THE HORSE?" da Maria Alice Vergueiro e/ou "Alma Imoral" com Clarice Niskier, Teatro da Vertigem etc: nossa, como nomes tão renomados fizeram peças tão ruins!!! Mas aos poucos fui notando semelhança com outros trabalhos às vezes isolados de um único ator, numa montagem dos Satyros por exemplo. Percebi que saía sentindo-me muito melhor depois de assistir, ao contrário daquela fascinação meio mórbida pós-apresentações que são "um arraso y sensacionais!".
Filosofano mais geralzão: a gente não adorava ver Amy Winehouse cada vez mais fodida e drogada, à beira do precipício? Quanto pior a mina aparecia mais mídia tinha envolta e disso se fez grande espetáculo. Uma estrela tão FODA-SE que destruiu a própria vida.
Pensem comigo: fracasso nos faz bem porque sucesso só causa inveja!
Até hoje não sei se supracitadas peças sabiam-se belos fracassos, mas o cunho terapêutico delas indubitável foi.
Imbuído de feeling antiestrelijmo acabei cagando demais na seleção pro Teatro Oficina Uzyna Uzona, por exemplo. não consegui explorar fracasso em seu duplo total, artaudianamente falano. fui simplesmente ruim mesmo enquanto buscavam brotos de star politicamente corretos.
Mas não desisti de escrever, tbm. Estou apenas revendo conceitos de arte como carreira profissional que escolhi. Materialisticamente mais crítico.
amor: I'm a little bit older than you. não quero apenas ser usado pra tu conseguir pegar mina... reflitä. não quero dinheiro, não quero carreira consolidada nem mais amigos pro álbum de figurinhas: I JUST WANT YOU.
-oi