20/09/2017

confuso's

Normaloides não: desembainho caneta, pensativo¹, no busão, sem WhatsApp. Venho refletindo sobre alienação e, principalmente, suas manifestações esquizofóbicas que não se enquadram nos padrões normalizantes. Pra ir até Praça da República faço careta e voz retardada. Desembarco, e compro areia sanitária pras gatas. Peço carona de novo, faço voz de retardado de novo, sou bem sucedido de novo.
Etc.

Foi uma taróloga mendiga quem previu grande amor, em off. Já acreditava nos búzios que tangeram varizes da ex-impossível sogra, portanto esse K ♠ e/ou ♣ e/ou Q são colados em trinca, como arcano de força, na cabeceira. Estava começando a ficar irritado antes de entrevistar a vidente. Religião das pessoas que só coçam/limpam-nariz-quando-estão-a-sós ainda não usava Asepxia pra sonhar com amor bandido: que bosta, que exagero, tem gente que ainda se entretém com isso? Era mais fácil quando eu/você fazia festa de animação da burguesia. Estabeleci como meta escrever poema sobre pessoas de bem, daí matutei pois preciso de mais textos inéditos: é o que pedem editoras/editais/burguesas. Sem Minc vou lançar livro através da lei de incentivo à etiqueta marginal. Isso tá uma porcaria, sorry. Só pra encher linguiça de quem ainda crê. Dona Nil não me cobra mais aluguel atrasado, acho que é porque não atrapalho o fluxo. Então espero lanche na Boa Vista enquanto Bin Laden palestra aos voluntários. Pessoas realmente de bem são caridosas e/ou fraternas – como manda Márcia Fernandes.


¹ Comecei a escrever como forma de protesto, como se escrevesse com meu sangue, mas estou tentando seguir dicas da sensitiva contra o baixo-astral.

O que costuma motivar a escrever é o ódio.