20 outubro, 2008

polícia psíquica

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(...) E o guarda sempre.
em cada canto.
com olho agudo.
de detetive,.
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e a caderneta.
das multas pronta,.
vigiando os gestos.
sentimentais.
da minha mão!.
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Guarda infeliz,.
que desconheces.
este segredo.
do amor que mata.
a flor querida.
e em sentimento.
logo a eterniza! (...)..
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Cecília Meireles.
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biocomputador amanhecera sem sombra de dúvidas, clara hora que se aloja em nanosalmos, nana nenê, nana nenê², mamãe Wunder Jorge até desligaria cabo da vida, mas o campo de forças ao redor do relógio é mais forte. Cá pra nós, de sobressalto, desatado em retardos, convocado é 1/4 do esquerdo instante, olhar de lua minguante, de brinquedo, tão demorado quanto movimentos de pusilânime youtube, cabeça de vento, trocara com papai Vândalo Wanda, oh! Nessa casa que eu mesmo preparei, 1/3 azul, sobre manhã da janela, Deus existe. Oxalá calem-se as trevas, hora de acordar Todomundo.
Todomundo não tem fome: boca seca serena, transpira-lhe lânguida liberdade, roupas emprestadas do amigo, X carne sobre mesa, tênis sobre teto, secando, assustando céu suspeito, casais esculpidos a comprimidos cumpleaños, ali escondido, aluguel atrasado, parentes distantes, estantes noturnas, memórias festivas. Ar mal enche lungs e Wunder Jorge aciona las moscas mafiosas. Todomundo joga fora o X frio. No ouvido zumbidos electro-intensos, elevam níveis adrenavivos:

- Sorry Sr, do you speak english?.

Mal Todomundo saíra do hospital e novas levas de almas americanas puderam prostituir-se sem pudor, sem tempo de resposta, mal o cheiro de cândida limpeza glicerinada encostara-lhe nas narinas e cabeça de vento apenas teve tempo de virar-se pra divisar mariposas negras, milhares de dós, o que é isso? hospício? não, comercial de metamorfoses, nas paredes cavernosas, próxima pergunta paralisante, por favor, por favor, por favor vossa mercê tem cruz e espada, não, não, não, não...
Não dá tempo de falar a verdade, burra solidariedade apressada do dia abre-se como leque, 207° circunferentes, avessa às primeiras articulações da boca recém viúva da noite. Medo de estar se repetindo eternamente, contravenção da mente, coração psicossexy, corpo esguio e malhado, olhos tão perdidos quanto cruelmente doces, úmido torpor. Medo star, olha os aliban.

_ Mãos na parede mané!

Frezze take 3, perdi minha memória em Salvador, Todomundo se come, pancada, Todomundo é enviado da cavalaria, pancada, Todomundo recebe Zé Pilintra e mexe com a mulherada, pancada, pancada, repetindo, repetindo, repetindo, hospital, frequenciador de compreensões em crise:

- Valium, por favor, olhem meus cabelos brancos, já sou bisavô.

Tá, tá, tá, tá na hora de nanar, nenê, da mamãe, foi passear, foi pra roça, voltar atrás, nunca mais dormir, eba! erva cidreira, cobertor, dodói, perdi roupas, o que faço? Queria guardar cheiro da rua, como recordação, caminho das pontes, ir e voltar, como primeira e última vez. Quando você vai começar a inventar coisas boas? Desça do carro.

- Rosto encapuzado, ui, picada no braço esquerdo, 1° tentativa: meia-vida de translorixás neo-ruralistas, 80% de ar desanuindo desanuviações, corta. 2° tentativa, ui, ai, mclúmpem e-guns extraterrestres; eu tinha esse corpo quando era vivo, nova dimensão da persona virtual, feliz.

- Então: internet oferecerá o tal portal?.

Acho que downloads de janelas e portas subtextuais compreenderão a musa dos marginais.

- Mas se eles descobrirem que filhinho de papai estreará no novo reality show de convalescenças?.
- Tente ludibriá-lo com 99% do nível de otimismo americano.
- Estadunidense.
- Fuck off, you son of a bitch. Pergunte se ele prefere cães ou cachorros.
- Ah tah...
- Apagem as luzes...

Wunder Jorge e Vândalo Wanda não são o parricídio à distância, subjugado em chão maltratado, que ri da 3° tentativa, dum palco na frente doutro palco. Na plateia de sutil aceitação e formoso intelecto, gremlins astronautas e gnomos skatistas agitam pompons verde, amarelo e azul.
Beijo da vida de Todomundo, amor da vida de Todomundo, vossa mercê quer o mundo, eu sei o que vossa mercê quer, eu só quero você.

- Todomundo usa ventilador como arma ao invés do aspirador que o amor consumado de sua vida, morto em seus braços, deixa cair, a teus pés.

2 comentários:

. mepega disse...

valião quem curt/

eu gosto

OI


eunãosequestreingm

Anônimo disse...

strike humano quem curte acelerar e passar por cima. soco no estomago, vislumbres urbanos todos os dias
respirando respirando respirando
cade teu ar?
sei lá, transito, eu vi isso nesse seu texto eu juro que eu vi eu gostei entao, vamos tomar um chopp?
grande androide.