Feliz Natal
Que ironia: céu tradicional e chão fantasia: 18h10: atravessado por ondas de ésses sibilantes²,,, o fim do museu despontua-se em agrados...
__ Jesus Cristo pode ser minha nova constante?.
__ Isso depende da tangente pela qual o holocausto vai fugir.
Lá fora o peso das nuvens arroxeia polifonia. Coração questionador permite-se abrir num fôlego de 30° circunferentes:
__ Cala a boca.
__ Primeiro você.
__ Cala a boca você.
Conversa caminha com atraso de transmissão: entrevistador tenta manter arcadas dentárias rentes (mas engole a penúltima derrota): o sorvete de osso está no ponto. De bouwa (percebem que ele demorará pra perceber uma falta pecuniária), Dulce Virgulina arrebita traseiro e serve a sobremesa, Dolores Duchamp acaricia a aura dele e redeposita a carteira no bolso da calça de linho cinza. Por um momento Federico Minuano pensa ter 4 braços. Independentemente da marca do mel, Dulce despeja o conteúdo em cima do quitute: o entrevistador guarda o cheiro próprio antes de abocanhar primeiro apagão: Dolores liga a vitrola:
__ Está uma delícia.
Dulce Virgulina tira foto da condescendência e Federico serve-se um pouco, recuperando espírito hedonista:
__ É + ou - o que eu esperava: falta explosão de sinceridade, peru esverdeado, sobrando boa trilha sonora, interpretações tesudas...
Dulce aproveita profundidade psicológica e fotografa feiura de 3 olhos:
__ Um pouco mais pra esquerda, Federico.
Sexto sentido empina nariz e continua resenha:
__ Falha a volta do filho pródigo.
Um comentário:
o feliz natal mais psicodélico que já li. ótimo texto.
abratz.
Postar um comentário