04 março, 2009

coração de rua

Minha amiga Néri é uma espécie de mãe pública e tocou meu coração: perto de suas mãos fica o 3° milênio - a última vez que fui nesse centro espírita deixei de comer banana e conheci uma psicóloga ex-umbandista que produziu, na minha ausência cósmica, análogo feito manual.
Ventos de Júpiter tentaram atravessar (des)confiança cabocla e logo (meus) ouvidos: ssssssssssul ssssssϟsssssul sssssssϟϟϟssssssul.
Federico Minuano e Dulce Virgulina, conferindo catarse, foram ríspidos: pespegaram de vez a ultra-cosmopolita-lírica-anárquica liberdade nos ciciares, resumindo o naturalismo daquilo que deveria ser tratado com amor.


Não trabalho pra polícia.
 
  Errática fuga dos vivos rasgos: pretende-se, no mínimo, acordar a respiração da tragédia, nada mais.


Antigamente, em Bollywood, o caminho das Índias não tinha essas frescuras de sugerir intimidade com quem não conhecia. Era preciso apenas engolir maná de boas-vindas e nenhuma sincronia, jamais, por tudo o que é mais sossegado, nesse mundo, iria digerir um beijo morto; legal, nada, ninguém, nesse mundo, desassossegado.
Eu já falei que não sou surdo.

Barulhos de chaves não vão (des)baratinar o relato desse choro, murmúrio de injustiça. Ouvir vozes é uma coisa, ser obrigado a testemunhar finas agressões é outro papo, mano.


Trazida à dura realidade, a respiração tem deslize igual à tenra mira do olhar. Aura muito boa: emanando da Néri, não sei explicar muito bem.
Tal constatação lhe diz que é surpreendida por estranhos barulhos na porta do cemitério da Consolação, tanto que nos sentamos em frente ao shopping para ver pessoas desfilarem enquanto falamos a respeito de sua cidade natal - ele(a) disse que o lugar fora invadido por gremilins, lembra? Lamentei profundamente a derrocada de seus sentimentos y chicoxavierizei a própria condição de indigência. Inveja e superestimação nunca atingiram a verdade das minhas mãos.

Não sou melhor do que ninguém por ter sido criado com ternura.

Prostitutas da luz do dia aquendam metafísicos 69's e não consigo suspirar aliviado (nunca mais). Percebo que animalização educativa não escolhe classe, cor, ou altura. Convivência com assaltantes de horizonte é tanta que involuntariamente a meço da cabeça aos pés. Recobrando-me, mantenho o foco de tal indelicadeza no chão, para não desrespeitar a linha de ar que nos unira, nos anos 1930.


Sentamos e conversamos, conversamos a respeito da empreitada que resgatou-lhe referências do nosso assunto: acho que ele bateu primeiro com mamãe cruel (Maria Alice), mama áfrica (no trampo, em Cidreira), mamãe remix com Penélope Jolie, e por aí vai até chegar na mama japa, inteligentíssima. Néri respeita alterego, zíngaro zéfiro zen. Nunca estragando a tenra mira do que restou nos ecos da audição (olhos da voz - terrivelmente parciais e adivinhos - já foram mencionados?). Arrastando reflexos, ela pergunta-me quem é Jurema quando o putanheiro engravatado, em forma de prosa, faz-me esquecer onde está minha mãe faxineira municipal (distraindo aliban).


Não senhor, não senhor, não senhor: é por sua causa que fico cada vez mais sorumbático, é por sua causa, esperto ao contrário, que tropeço na rua, É POR SUA CAUSA que estou regredindo.
Jurema sabe que o que verdadeiramente, realmente, positivamente diferencia pessoas não é só aspecto exterior. Durante 3 anos graduei-me em (des)insídias interiores, grudei cotovelos ao peito, aprendi a jogar bola e fiquei feliz ao saber que vozes graves irritam menos que a falta de partido dos novos lúmpem-proletariados. Barulhos de sirene chegam até o osso do 3° milênio, transanonimato - entre a era de Peixes e a de Aquarius existem mais coisas do que a imaginação é capaz de criar.
Como nasci em uma intersecção zodiacal, minha ascendência ariana é a única confirmação, profecia, confraternização, harmonia, amor e paz de interiores transgênicos.
É só eu entrar num lugar pra alegria acompanhar a chegada: ponho a mão no peito, coço o saco com a destra, enfileiro vírgulas e depois naum entendem por que e-mulsifico anos de leitura (obrigatória).


Néri consegue conversar com várias pessoas ao mesmo tempo. Já eu, eu carregarei pra sempre o destino de pessoas que nem conheço direito. Literatura especializada não pode dissecar emoções alheias de modo doutrinário. Foi em 2004 que luzes vermelhas hipnotizaram meus olhos, digo, ainda que a nicotina in my lungs suma mais do que cigarros consumidos desde os anos 1930, o SUS continuará passando por grave crise nos hospitais de câncer; definitivamente quero largar o vício da falta de solidão, também.
Já descontos do INSS são de 16%. Não tem nada a ver com a história a saliva em minha boca e o futuro casal que conversa do meu lado direito, cof coff, que gente uÓTIMA:


__ Eu nasci aqui, você não.
__ Certo. Eu morri aqui.
__ Ah... tah...


18h39: snif, chão vermelho, mó zica: vermelho luz como aproximação do olhar.


__ Essa gente toda tá aí, comemorando...
__ E quando é o louco quem analisa o psiquiatra?
__ Ah... Edson... Tu não quis apresentar teu cu à burguesia.
__ Não estou incluído em nenhum nicho castelhano. Não mostrarei dentes à cacofonia, cujo despertar colide em moscas.
__ Ai... que sono...
__ GoOoOoOooooooooooooooollllll éééééé.... é do BRASIL!!!!!
.

Galvão Bueno vira o rosto e olhamos pro céu. Merecidamente, maravilhosamente, misticamente desembarcamos na estação liberdade.


__ Você anda muito fotossintética, mina.
__ Quero fazer artes cênicas.

Você condensa a tremedeira teosófica, limpa a bunda, se apresenta e esquece o lado burro da pedagogia. Não precisa fugir de casa, hihihihihi...
Vida e guerra são impossíveis como a salvação do colapso de parâmetros.

Eu não nasci ontem, coração questionador.

Não será inserindo tapete de cegas referências debaixo dos pés alados, cof, que vosmecê irá me conhecer. Como terei esperança no peito se a esplendorosa completude preenche aflição dos meus estudos?.
.

__ Ã?.
__ Olha o fio, olha o fio da respiração!
__ Onde?.





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só.uma.boa.imaginação.pra.me.tirar.da.rua

2 comentários:

Bruno disse...

Legal ter crenças, mesmo que as vezes elas contradigam grande parte do que dizemos que somos.

um cara legal... disse...

:)