29 abril, 2009

wein chaud d'eau


hj de noite estava conversando a... a... a... atchim! (sorry), com um amigo imaginário e logo me lembrei da receita
duma bebida que costumava preparar nos meus tempos de ator. aqui vai, passo a passo:


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quatro gemas, sete colheres rasas de açúcar misturadas numa vasilha até ficar cremoso. quanto mais cremoso melhor o chaud d'eau. acrescente um copo de vinho branco e mexa leve para banho-maria. bata com batedor de ovos (a mão) até a mistura levantar, ficar quente e com a consistência de uma espuma grossa. não deixe ferver, mas continue batendo até a espuma soltar do batedor ao levantá-lo. precisarás de um recipiente grande para o banho-maria, pois a mistura cresce quase o dobro do seu tamanho. se é um(a) bo(m)(a) cozinheira(o) pode preparar direto no fogo, e para isso poderá usar uma panela não muito larga, mas funda. dá para quatro porções incluindo repetições.


by (passa aê) Marlene Diet Rich..
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(nota: a foto anterior foi censurada pela Marcha da Família com Deus pela Liberdade)

21 abril, 2009

recitais, rituais, rinites

"entre raiz e pétalas
o tempo e o espaço"

sentado no abandono, coração de rua não come merda e ri: pleno verão das palavras, invadido por folhas secas.
-A primeira vez sempre a última chance- sobrevivendo na pose, perdi totalmente as noções de prostituição emocional: errou comigo uma vez errou pra sempre.
Se for só pelo prazer da recusa, não beberei sangue humano, não terei prazer do ensino fraterno apaixonando cigana semântica.
Em minha casa não toca Nx Zero, misoginia musical só fica bem na voz de Rita Leena y Marlene Diet Rich, já Sex Shop Abramovich não sabe deixar-se arrastar pelo azar ninando pedras com brilho do vento.

Um pipocamento de pueris presunções traumatizou a panela dos meus demônios. Tinha-os recém libertos do SPC, agora vejo pegadinhas francesas na TV do busão e não posso mostrar dedo médio ao verdadeiro estimulante da minha morte social; vejo Virna Teixeira andar com duas pernas na Augusta e não consigo evitar sorriso sem que o fantasma dos olhos fuja de afogada (falta de) análise - atrás de óculos-rosa-de gatinha-anos 50. Não falo coisa com coisa e não caricaturo distrações desde a data em que o alterego não vibrou perante a musa dos lunáticos. Coço cabeça porque não entendo mais a bondade de quem quer me passar pra trás: pro meu próprio bem aceito palavra do casal de lésbicas em frente ao banco de um dos homens mais ricos do Brasil: gostoso bocejo perante câmera escura na esquina com a Paulista: não filmo derrotas sem olhar para recôndito foco, não consigo mais chorar ouvindo Metallica: uma azaração torna a teia de ar mais complexa.
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[flashes]


em 2004, ano em que escrevi "ar Xtranho", estava tão ocupado com exame dos arquivos do Dops que minha velha adolescência mal tinha tempo de namorar e dormir em paz. Pré-estipulava indenizações ao som de Mutantes bem antes de ser apresentado à Dolores Duchamp - antiga neuropsiquiatra com cabelos negros, designada na ainda recente mudança federal de governo para ajudar-me com perfilação de mártires. O que eu não sabia era que características destes coitados assistiam cumprimentos e/ou limpeza de mãos durante asfixias destinadas a encontrar paralelo com a nova leva de militantes da extrema esquerda. Eu me considerava anarquista quando o desenterro do sotaque pseudocarioca apaixonou-se pela colega de trabalho. Hoje eu leio estatutos do PCC, Allan Kardec e Mário de Sá Carneiro - este último indicado antes do sumiço de seu amadeirado olor. Ainda sem acreditar na traição da Veza, da Foia de San Paolo e d'O Grobo - que deveriam articular ideologia da revolução latino-americana. Well, o poema mencionado é o terceiro deste livro_















_ já a distância do amor não come McPorcarias.



[suspiros]


sempre que tenho impressão de que estou me esquecendo de algo é porque alguma azarenta aquiescência está observando meu histórico fantasia sem atentar às novas estratégias de desencanto. Aprendi todos truques de suspense sintático quando, transferido para novo corpo militante (de ótima safra) descobri que genética não é destino: decorar rosto do inimigo naum eh a única coisa a ser ensinada antes da exibição da trilogia de Matrix. Incentivo ao egocentrismo é mais antigo que irmãos da discreta desconfiança - essa que só anda com material escolar para disfarçar o despertar de amor verdadeiro - e tá cada vez mais difícil pra Alice diminuir de tamanho. Pego-me imitando portas, janelas e paranomásias de Marcelo Tápia, como se meus cavalos já estivessem no 7° reflexo de fetiches sociorrurais. Filha de Iansã, Maria Alice tem dois olhos, faz eu sentir-me bem no cinema e busca ingresso de teatro pros junguianos, de modo que eu reconsidere conversas sem fim nem começo.

ϟϟϟeguro mandinga e comemoro ressurreição do coração malandro junto à Soraya, filha do abandono. Sem dinheiro pro dízimo, tomamos café da manhã na Renascer em Cristo e surrupiamos ovos de páscoa numa dessas típicas festinhas católicas com libaneses filantropos, embalada por saquê e ovos de galinha cozidos. Interrogações de espinho não encostaram em suas orelhinhas e focinho de coelha, a la otaku. Não fazemos sinal da cruz, nem tomamos milky shake, nem comemos banana split. Na lan house tirei foto de seu novo visual pra que ela aparecesse com apenas um ouvido e minissaia no perfil de Orkut que não fosse fake mantido com fotos da Maria do Bairro, Mary Mar e Maria Padilha do Cemitério. Na miúda, a última vez que ela curtiu lindo sonho delirante (no Vegas), foi obrigada a ser racista, reacionária e retardada pra parecer "normal" perante sapos que só queriam pintar unhas de Penelope Jolie, esta que infelizmente teve de nos socorrer com a ferrari amarela, destino estúdios do SBT.
Mamãe remix se apresentou pela segunda vez ao tio de peruca, dessa vez como Sarajane (no ar nesse próximo domingo, dia 26).

Nunca pensei que fosse me apaixonar por chinesas, mas agora, pós-concurso de bonecas, degusto yakissoba na bodega do jovem casal oriental, cuja filha não gosta de MTV: "behind blue eyes" do Limp Bizkit dá lugar ao didatismo de Xuxa só para baixinhos Vol 14. Soraya vai pro forró com o taxista. Ainda não concluí 5 entrevistas que deveria ter acabado de fazer: Jurema tem cagado por toda casa/ naum tenho tempo de me identificar com personagem de novela das 8/ Claudio Willer é outro psico do bem e terei de ouvi-lo recitar poemas como ninguém: da última vez foi tudo de uma eufonia sexualmente bem regionalizada e triste:
shorei...

Angelicais marcadores cometerão suicídio..



[aplausos]

06 abril, 2009

hua hua




Eu poderia ter colocado uma dessas imagens literárias para chorar.
Eu poderia dizer que acabei de comer uma coxinha, um pão
de queijo,
una torta
de frango e café c/ leite + ou -. Poderia dizer.
que estou no meio de um poema profético. Poderia escrever sobre turvações de Federico, sob mimoso título "incêndio de miudezas psicodélicas (versão heavy)".Poderia aderir à nova lei contra telemarketing (senzalas do mundo eletronic-neoliberal)...
::: caiam fora do meu campo de visão, seus abutres.

Adversidades adorariam dramatizar compreensão cinematográfica (plano que aos poucos racha vespertinos quiproquós...)

Entendeu?

É preciso ter consciência da inconsciência.
É preciso, à distância,
marcar ferruginoso visual en las tentativas de virar o jogo.
Por motivos de saúde,
o exame dos beijos funciona sob estrambóticas testemunhas (sem torcer nariz).
Sobre decotes, tomadas, ventiladores, yeah, olhos caem.
Involuntariamente, fale sem pena da pele.
Fale com o corpo quando quem manda nele é o coração.

Uma dança, devagar e nova no pedaço - forever on the dance floor -, descongestiona olhos voltados ao passado.
::: angustiadas, tatuagens no olho da música sepultam algumas vogais já mofadas.
De nada adianta ninar o coração de rua, quando este sabe que o brilho do vento desliza sobre braços científicos.

Federico sempre vai se portar arisco.

Enquanto o vaticínio não for divino, nu e desdentado, o raciocínio não desepidermilizará - sujeito às condições normais de temperatura - amor.
Entre por baixo no clube das constatações, pois, uma vez reconhecido, soa ilícito.
Nos seus lábios vermelhos, na última foto..
::: no ar....

Minha vida está no ar.

Subir ao palco em OFF é o remédio para sua recuperação.
Eu e meu corpo não vemos TV, não associamos jornal nacional ao PT.
Eu e meu corpo sobrevivemos através de relacionamento flutuante.
Somos todos iguais, minha estrela oprimida.
Você tem sorriso maligno que não assusta mais.
No topo da montanha, ídolos não significam porra nenhuma.
Dormir ou não dormir perante entendimentos semialheios requer o ritmo mais crítico que desterritorialização das sombras da felicidade.

Entendeu?

Hospício de metonímias à beira de colapso romântico, entenda.
Não faça como os outros, todos aê, fingindo que vai tudo bem, fingindo interrupções, emparafusando questões até o cóccix da ternura.
Empertigue-se, alma benévola.
Mamãe remix será rápida nos retardos e você não aceitará descarrilar de beatitude sem raiz - por demais relutantes que sejam as mãos, sobre esfumaçadas cicatrizes, polarizando o(a) voz visual.

::: cale a boca.

Dando carona a lealdades, hein?
Todos nervos ninarão meu segredo, esfolarão a nascente da maciez.

Federico não é eu.
Não nego emoções o tempo inteiro: sou torcedor do time mais organizado da América Latina...

clube do povo...

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100 anos de Internacional!
Campeão do mundo!!!